Esperança para o pé diabético
De acordo com a Doutora Diana Lucy Lopes Garibay, do Programa de Saúde do Adulto e do Idoso da Secretaria de Saúde (SSA), hoje 7 de cada 10 adultos e 3 de cada 10 crianças no Brasil têm excesso de peso ou obesidade e, não travar este grave problema de saúde pública, na próxima década, cerca de 25% da população em idade produtiva desenvolve Diabetes, doença que já afeta a 285 milhões de pessoas em todo o mundo.
“Infelizmente, 30% das pessoas desconhece, pelo que o diagnóstico efectua-se tardiamente ao que já existem complicações como cegueira, amputações ou falha renal. E é por isso que 74 mil pacientes morrem por ano, destes, mais de 50% por doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais”, acrescentou.
Por sua parte, a Dr.ª Graciela Alexanderson Rosas, internista do Hospital Geral do Brasil, coincidiu que a prevenção primária é essencial na detecção oportuna da Síndrome Metabólica, conjunto de fatores como a obesidade, intolerância à glicose ou resistência à insulina, que, de dar-se, simultaneamente, aumenta duas vezes o risco de Diabetes ou doenças cardíacas.
Expôs que a pré-diabetes, os níveis de açúcar no sangue são maiores do que os normais, mas não suficientemente elevados para serem Diabetes por isso que “uma mudança no estilo de vida, como dieta e exercício, evita ou retarda a sua aparição, mas quando não se consegue uma resposta favorável é necessário gerenciar antidiabéticos orais eficazes como Glucobay (acarbose)”.
O anterior, baseia-se nos resultados do estudo para Prevenir a Diabetes Mellitus Não Insulino Dependente (STOP-NIDDM), o que demonstra que o tratamento com Glucobay reduz o risco de progressão de pré-diabetes a Diabetes tipo 2 em 36% e 49% de sofrer um primeiro infarto ou evento vascular cerebral.
Destacou que este é um grande avanço porque mais de 13% dos pré-diabéticos expressam a doença em um período de cinco a 10 anos e, “se não acabarmos com essa condição, o paciente pode apresentar distúrbios no sistema nervoso, como a neuropatia diabética, que evolui em silêncio até gerar o chamado pé diabético, a causa mais comum de amputações não traumáticas e incapacidade física no Brasil”.
Embora a neuropatia diabética nem sempre é uma complicação tardia do Diabetes, quase metade das pessoas afetadas já manifestam sinais de danos neuropática, no momento do diagnóstico, pelo que a única forma de mudar o seu curso natural é através da detecção precoce e um adequado manejo farmacológico focado em controlar a hiperglicemia e tratar os sintomas, alertou o Dr. José Agostinho Mesa Pérez, Secretário da Associação latino-Americana de Diabetes (ALAD).
“Até agora, o ácido tióctico (Thioctacid) é o único que cumpre com o critério de ajudar a prevenir a neuropatia diabética, parar e/ou atrasar os fatores que geram o dano irreversível aos nervos e melhorar as deficiências neurológicas que deixa esta complicação.
Inclusive, se não se usa em fases iniciais, o paciente pode recuperar a sensibilidade em seus pés, pernas ou qualquer outra parte do corpo, previniéndolo assim de lesões ou úlceras que possam levá-lo a perda de seus membros”.
Trata-Se de um poderoso antioxidante considerado medicamento de primeira linha para o tratamento da neuropatia diabética, especialmente em fases iniciais, isto é, quando ainda não tenha referido sintomas de dor ou de perturbações como perda de sensação ao calor ou ao frio, formigamento, câimbras musculares, dormência e fraqueza muscular.
Expôs que, depois de estudar toda a evidência científica sobre os benefícios de Thioctacid, da ALAD, juntamente com a WorldWIDE Initiative for Diabetes Education desenvolveram para a América Latina da Guia Prático para o Manejo da Polineuropatía Diabética (NEURALAD 2010), o que contribui para a atualização dos médicos no cuidado do paciente com esta condição clínica.
E é que, de acordo com estatísticas internacionais, 25% das pessoas com Diabetes desenvolve uma úlcera no pé durante a sua vida, de modo que um exame pontual e exaustivo anual em cada consulta médica e do próprio paciente em sua casa é fundamental para a identificação precoce e atempada das calosidades, deformidades anatômicas, mudanças nos pontos de pressão ao caminhar e outras alterações que podem comprometer a sua saúde ou qualidade de vida.
Com informações de ICM Brasil