Como tratar e diagnosticar a herpes
O vírus da herpes está presente na vida de quase toda a população
Cerca de 90% da população brasileira contém o vírus da Herpes. Essa infecção acomete desde crianças a adultos, e quem já foi diagnosticado pode tomar medidas preventivas para evitar o surgimento constante dessas feridas. O tratamento quanto mais precoce for, mais rápido surtirá efeitos; estima-se o período mínimo de uma semana para o desaparecimento da doença.
A Herpes Simples é uma infecção viral que provoca lesões na pele em forma de bolinhas vermelhas, o surgimento dá-se na boca e nos órgãos sexuais e causa coceiras, dor e desconforto.
Como quase todas as pessoas são portadoras do vírus, os sintomas da Herpes aparecem espontaneamente de tempos em tempos, isso acontece porque o vírus fica alojado nas células do sistema nervoso e quando há surtos de estresse, exposição solar intensa, traumas, abalo no sistema imunológico e até mesmo após a menstruação o vírus volta a se manifestar.
Além da predisposição, o contágio da Herpes pode vir por meio do beijo, contato íntimo, contato direto com a ferida ou com objetos, como toalha, talheres, copo, roupas e banheiro.
A Herpes Simples é causada pelos vírus HSV-1, o qual 90% das pessoas tiveram ou terão contato, e o HSV-2, que atinge aproximadamente 20% da população.
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Herpes labial
A herpes labial ocorre pela infecção por meio do vírus HSV-1 e é o tipo mais comum. Normalmente o primeiro contato ocorre durante a infância através de secreções orais, desde esse período o vírus se aloja em um neurônio e permanece durante a vida toda da pessoa, podendo se manifestar ou não.
O HSV-1 é responsável pela contaminação dos lábios, boca e face, resultando em feridas, como a afta, ou infecção do olho ou no revestimento do cérebro (esse quadro é chamado de meningoencefalite). É possível notar a herpes pelo surgimento de vermelhidão, ardor e pequenas bolhas preenchidas com líquido claro.
A transmissão ocorre pela saliva infectada e por condições péssimas de higiene e saúde, no caso das crianças. Apesar disso, os adultos adquirem resistência contra esse vírus.
Herpes genital
O vírus HSV-2 é responsável pela herpes genital, a qual provoca coceiras e bolhas, que se não forem tratadas evoluem para úlceras e feridas genitais. A herpes genital é considerada uma DST- Doença Sexualmente Transmissível, podendo se agravar para outras doenças, como o HIV.
Nesse caso observa-se também a vermelhidão, ardor e pequenas bolhas com líquido claro na vulva, pênis, ânus, nádegas ou virilha. A pessoa infectada pode sentir ainda ardor para urinar e desconforto que impede as relações sexuais.
A herpes genital pede atenção redobrada, porque pode haver infecção cruzada dos vírus da herpes tipo 1 e 2, quando há o contato oral-genital, ocasionando herpes genital na boca ou herpes oral na área genital. Assim como o HSV-1, o HSV-2 traz casos de pessoas que não apresentam quaisquer sintomas mesmo com o vírus presente no organismo.
Herpes tem cura?
Como o vírus da Herpes se aloja nos neurônios, suas doenças não têm cura. Mas, assim que os primeiros sintomas forem notados deve-se procurar um médico, ele conseguirá detectar a infecção pela observação clínica.
Além disso, poderão ser solicitados alguns exames, como o de sangue para anticorpos de HSV (sorologia), de anticorpo fluorescente direto das células extraídas de uma lesão ou por meio da cultura viral.
Da mesma forma, só um médico poderá determinar a gravidade da herpes. Se for um caso leve, o tratamento indicado é tópico. Se for um surto grave ou prolongado, normalmente, é recomendado o cuidado contínuo com remédios antivirais, os quais diminuem a frequência e a gravidade do quadro.
A prevenção da herpes é difícil, já que o vírus pode estar presente mesmo sem ter dado sinais. Em todo caso aconselha-se evitar contato direto com uma lesão aberta, contato sexual enquanto as lesões estão ativas e praticar sexo seguro com o uso de preservativo reduz os riscos de infecção; preservar-se de contato com recém-nascidos, crianças com eczema ou com pessoas que imunidade baixo também são indicações.
Remédios para herpes
Tanto a herpes genital quanto a labial costumam desaparecer de sete a dez dias. No entanto, se o diagnosticado sofrer de alguma doença que enfraquece o sistema imunológico, a infecção pode ser mais grave e ter duração prolongada.
O tratamento para a herpes envolve os medicamentos, como o Aciclovir, Ezopen comprimido ou pó liofilizado e Penvir. A consulta médica é imprescindível para que os sintomas sejam amenizados, assim como seguir as instruções indicadas pelo profissional.
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