Diabetes aumenta em 300%
Um estudo denominado Impacto da Diabetes mellitus tipo 2 no nível de vida dos mexicanos e o papel do gasto público em saúde, revelou que em apenas 10 anos, os casos de Diabetes aumentaram 300%, o que além de comprometer a saúde, agrava o problema financeiro das instituições de saúde pública no México.
Enrique Molina, autor do estudo, o que se fez credor do terceiro lugar do Prêmio Nacional de Investigação Biomédica, explicou que, depois de analisar as estatísticas das 32 entidades federativas detectou-se que em uma década, a incidência aumentou, em média, de 25 a 75 doentes crónicos por cada 10 mil habitantes.
De acordo com o pesquisador, existem estados localizados no sul do país, como é o caso de Yucatán e Chiapas, onde a prevalência é aparentemente menor, mas o crescimento de enfermemos crônicos se deu de forma mais acelerada, próximo a 350%, ao passar de 17 para pessoas com Diabetes por cada 10 mil habitantes, em 1998, para um total de 58 por cada 10 mil em 2008.
Molina explica que os 380 mil milhões de pesos que têm como pressuposto o Instituto Mexicano do Seguro Social, o Instituto de Segurança e Serviços Sociais dos Trabalhadores do Estado e a Secretaria da Saúde, em conjunto, mais de 50% destina-se ao tratamento de doenças crônicas e degenerativas, apesar de que se podem evitar.
No caso específico do Diabetes, provocada, principalmente, pela obesidade, o custo para tratar a disfunção IMSS ascende a 34 mil milhões de pesos, para a Secretaria de Saúde a 20 mil milhões de pesos, e para o ISSSTE é de cerca de 10 mil milhões de pesos.
No México, uma em cada 7 pessoas entre os 10 e os 69 anos de idade, tem Diabetes, o que faz pensar que passamos dos 10 milhões a 15 milhões de pessoas com Diabetes, levando em conta que muitos deles nem sequer sabem que a têm.
Segundo dados da Secretaria de Saúde, no brasil, morrem, 74 mil pessoas a cada ano em decorrência de complicações causadas pelo Diabetes, ou seja, cerca de 203 pessoas a cada 24 horas perdem a vida por essa doença. Isso significa que nossas instituições de saúde pública estão se saturando com pessoas que sofrem de uma doença crônica que, em muitos dos casos, é evitável com um estilo de vida saudável.
De acordo com Molina, isso pode representar um colapso nas finanças governamentais, devido ao crescimento da demanda de tratamentos necessários para atender a tantos doentes. Por isso mesmo, o especialista considerou que, perante este panorama, o governo federal deve tomar medidas radicais. Primeiro, disse ele, “precisa fazer mais campanhas preventivas, informar de forma clara e convincente para a população os motivos pelos quais você deve perder peso e, para sua consideração, é indispensável que se faça uma lista com os alimentos que são altamente calóricos e pouco recomendáveis.