Impacto da disfunção erétil em mulheres

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Impacto da disfunção erétil em mulheres

O problema da disfunção erétil afeta não só os homens, também afeta as mulheres, que chegam a sofrer com a diminuição do desejo sexual, distúrbios da lubrificação vaginal e problemas para atingir o orgasmo quando o casal apresenta problemas de ereção, de fato, 6 de cada 10 mulheres cujo parceiro tem problemas de ereção apresentam disfunções sexuais.

“A maioria dos homens com disfunção erétil, por vergonha ou desconhecimento, escondem o problema e nem sequer comparecem à consulta médica, em busca de solução. O pior é que não só eles sofrem, mas que também afetam o seu parceiro, a qual pode desenvolver problemas sexuais”, afirma a Dra Claudia Rampazzo, médico especialista em terapia sexual, familiar e de casal.

Sob este preceito, o conhecimento e a atenção da disfunção erétil através de terapias farmacológicas eficazes não só teria um impacto positivo nos homens, mas também as mulheres, ao reduzir a incidência de disfunção sexual feminina (DSF), associada aos problemas de ereção do parceiro. “Estudos internacionais referem que 62% das mulheres cujo parceiro tem disfunção erétil, apresentam sintomas de disfunções sexuais femininas, como diminuição do desejo, ausência de fantasias sexuais, desordens de lubrificação vaginal, do orgasmo e rejeição ao contato sexual”, explica a Dra Rampazzo.

Em nosso país, a prevalência da disfunção erétil é de 55% dos homens com mais de 40 anos, o que provoca, de forma indireta, a incidência de disfunções sexuais em seus pares, menciona. “Esta situação ocorre, geralmente, porque a mulher, ao ver-se imerso em uma relação íntima não satisfatória com um homem preocupado com o seu desempenho e focado em conseguir uma boa ereção, se sente responsável por essa falha ou acredita que isto se deve ao desamor ou falta de atração sexual suficiente, o que tem um impacto psico-biológico sobre ela e desemboca em uma série de síndromes que afetam o seu desempenho sexual”, acrescenta a especialista.

“Neste tipo de problemas se envolvem aspectos psicológicos e biológicos. O homem que apresenta disfunção erétil e que percebe que o seu parceiro também não se excita facilmente, você vai descer em um estado de angústia que irá colocar novos obstáculos para superar o seu problema, promovendo que a mulher também começar a desenvolver complicações sexuais, ou seja, ocorre um círculo vicioso que afeta a vida íntima do casal”, comenta.

Daí a importância da comunicação no casal para que, uma vez detectado o problema, inicie um tratamento que ajuda a ambos a superar a disfunção. “Caso contrário, essa situação vai acabar jogando contra a mesma, de suas emoções e de seu próprio desempenho sexual”, observa a especialista.

Para a especialista, uma vez que o homem tenha um tratamento farmacológico eficaz, é importante voltar a melhorar a comunicação, enriquecer o erotismo e a sensualidade. “E é que, para que a resposta erétil exista, entram em jogo fatores biológicos, psicológicos e ambientais, por exemplo, foi demonstrado que a vista, como o resto dos sentidos, é fundamental para uma vida sexual prazerosa, já que faz parte integrante do erotismo, por isso é importante integrar este aspecto em uma relação sexual”, diz a Dra Rampazzo.

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