O que é Angina?

Angina
Angina é uma sensação de dor, peso, desconforto ou queimação no peito, causada pela obstrução das coronárias, por isso, é considerada uma espécie de pré infarto.

No entanto, a Angina não é uma doença, mas um conjunto de sintomas que ocorre, justamente, pelo baixo suprimento de sangue, na verdade, pelo estreitamento das artérias que conduzem sangue ao coração e, consequentemente, de oxigênio, ao músculo cardíaco.

Conhecida também como angina de peito, angina pectoris ou angor pectoris, a Angina, geralmente, é desencadeada pela prática de alguma atividade física ou por um forte estresse e, geralmente, é o sinal de doença coronariana (dano ou doença nos principais vasos sanguíneos do coração).

Muitas pessoas relatam sentir a angina (dor no peito) sempre que o coração é obrigado a trabalhar mais forte, ou seja, durante ou depois de atividades físicas, de passar por fortes emoções, baixas temperaturas, de forma que, com o tempo e a frequência que acontece a angina, ela passa a ser até previsível.

Nesses casos, o tipo de Angina é chamado de estável, com a dor ou desconforto durando de 3 a 15 minutos, e melhora espontaneamente quando o fator desencadeador é cessado. Porém, é importante dar muita atenção a esse sintoma, pois aumenta a probabilidade de um possível ataque cardíaco no futuro.

Mas, vale saber que a angina instável já é mais perigosa, se caracterizando como uma dor que pode atacar a qualquer hora, sendo comum surgir pouco antes de um ataque cardíaco, só que, diferente da estável, o repouso e o uso de medicamento não aliviam o sintoma.

É preciso ter em mente que o coração é um órgão muscular e todo músculo quando submetido a condição de isquemia, ou seja, ,insuficiente oferta de oxigênio e nutrientes, tem uma resposta local e sistêmica sendo que a dor é um aviso ao paciente de que algo não vai bem pois não há naquele momento um equilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio. E se a oferta é cessada de forma súbita ou prolongada, aí, então, pode ocorrer o infarto agudo do miocárdio.

Tipos de Angina

dor no peito sinal de infarto
Existem três classificações para a Angina:

  1. Angina estável
  2. Angina instável
  3. Angina Variante

É imprescindível que, ao perceber qualquer sintoma parecido ou suspeito, com você, ou com alguém que você conheça, procure, imediatamente, um médico, pois embora possa ser só um mal estar, na verdade, pode ser, também, um sinal da Angina de que está ocorrendo um AVC ou uma parada cardíaca.
Veja abaixo como acontece cada uma delas:

Angina estável

A angina estável surge devido a algum gatilho, como a prática de exercícios puxados e, geralmente, melhora com o uso de medicamentos e descanso.

Angina instável

Já, a angina instável, mais perigosa, surge repentinamente, e a dor aparece sem uma causa óbvia. E o pior é que a dor continua mesmo com repouso, sendo causada por conta de depósitos de gordura nas artérias ou, até mesmo, por coágulos sanguíneos que as bloqueiam.

Angina variante

O tipo mais raro, e também muito perigoso, é a angina variante, também conhecida como Angina de Prinzmetal, onde uma dor forte toma conta do peito à noite ou nas primeiras horas da manhã, ela é causada por um espasmo de uma das artérias, que pode se estreitar de repente, quando a pessoa ainda está em repouso.

Causas da Angina
A Angina tem como causa mais comum a doença arterial coronária (aterosclerose), que se caracteriza quando as coronárias (vasos que levam oxigênio ao músculo cardíaco) estão endurecidas ou obstruídas por cálcio, placas de gordura, plaquetas e fibrina. Porém, vale saber que em outras situações, como no caso de anemia grave, ou quando o músculo está muito hipertrofiado, o paciente pode ter angina, até mesmo se as coronárias estiverem normais.
No geral, a Angina é causada pelo estreitamento das artérias responsáveis por conduzir o sangue até o coração. Como é o sangue que carrega o oxigênio necessário para todo o corpo, ao haver essa ruptura em seu transporte, o músculo cardíaco acaba fazendo um esforço muito maior do que o necessário, que acaba provocando a dor súbita na região do peito.

As principais causas do estreitamento das artérias são:
• Aterosclerose das artérias: uma doença inflamatória crônica, caracterizada pela formação de ateromas dentro dos vasos sanguíneos.
• Compressão das artérias por algo próximo a elas.
Inflamações ou infecções das artérias.
• Doença nas válvulas cardíacas.

Fatores de risco para Angina
Muitos fatores podem desencadear a Angina, mas os fatores de risco mais clássicos para angina são:

  • Colesterol e triglicérides em níveis elevados
  • Diabetes de tipo 1 e 2
  • Genética
  • Hipertensão arterial
  • Idade: a Angina, geralmente, acontece em pessoas à partir da meia idade;
  • Obesidade
  • Sedentarismo
  • Tabagismo

Sintomas de Angina
infarto do miocárdio
Embora a angina seja um sintoma típico e o mais significativo de doença arterial coronária, algumas vezes ela pode se manifestar por cansaço fácil, arritmias e desmaios além de falta de ar. Ou seja, qualquer deste sintomas deve servir de alerta para que procure, o mais rápido possível o atendimento médico adequado.

Então, além da dor forte no peito, alguns sintomas gerais podem estar associados a angina, são eles:

  • Dor nos braços, pescoço, mandíbula, ombro ou costas;
  • Fadiga;
  • Falta de ar;
  • Náusea;
  • Tontura;
  • Sudorese.

É importante identificar corretamente os sintomas, até porque, a partir deles você poderá diferenciar se eles podem significar uma angina estável ou instável.
Confira abaixo as características de cada uma delas:

Características da angina estável

  • Geralmente, ela se desenvolve quando o coração é muito exigido, tendo que trabalhar rápido demais, como, por exemplo, ao se exercitar ou sobir escadas.
  • Dura um curto período de tempo, podendo variar de 5 minutos ou menos.
  • Desaparece rapidamente, bastando repousar ou tomar algum medicamento, claro, que deve ser prescrito pelo médico.
  • Características da angina instável
  • Pode ocorrer, até mesmo, com o corpo em repouso.
  • Surge de forma inesperada.
  • É mais grave e dura mais tempo do que a angina estável, a dor pode durar até 30 minutos.
  • Pode sinalizar um ataque cardíaco.

Diagnóstico de Angina

Como acontece com qualquer diagnóstico médico, o da angina também é feito com auxilio da própria história clínica que o paciente fornece, claro, além de exame físico e exames subsidiários, dependendo do caso.

Alguns dos exames mais comuns pedidos para o diagnóstico da Angina são os seguintes:

  • Eletrocardiograma;
  • Ecocardiograma;
  • Holter;
  • Teste ergométrico;
  • Cintilografia;
  • Tomografia cardíaca e de coronárias;
  • Ressonância cardíaca;
  • Coronariografia.

Lembrando que cabe ao médico pedir os exames, caso ache necessário.

Tratamento de Angina
tratamento da angina
O tratamento da angina vai depender do tipo e do estágio, geralmente, ele é feito com medicações, porém, em alguns casos é necessário o procedimento cirúrgico, onde são feitas as chamadas “pontes de safena ou mamária”, ou colocado cateter, angioplastias e stents, são os mais frequentes.

Em relação aos fármacos, os mais utilizados para o controle da angina são os vasodilatadores e os betabloqueadores, os quais diminuem o consumo do coração e/ou aumentam a oferta de irrigação sanguínea ao músculo cardíaco.

Geralmente, como parte do tratamento, é exigido que o paciente invista em mudanças no estilo de vida, com dieta adequada e atividades físicas, devidamente orientadas por um especialista. Também é exigido um controle dos fatores de risco citados anteriormente, justamente, visando evitar a progressão da doença como o infarto, insuficiência cardíaca ou, até mesmo, a morte súbita.

Medicamentos para Angina
Os medicamentos mais usados para o tratamento de angina são:

  • Amiodarona
  • Ancoron
  • Aspirina Prevent
  • Atenolol
  • Atorvastatina Cálcica
  • Brilinta
  • Besilato de Anlodipino
  • cardizem
  • Carvedilol
  • Clexane
  • Concor
  • Cordil
  • Enalapril
  • Hexomedine
  • Isordil
  • Isossorbida
  • Lipitor
  • Monocordil
  • Coreg

Como já vimos, há vários tipos de Angina, por isso, só um médico poderá analisar e dizer qual o tratamento e medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e sua duração.

Nunca se automedique e siga sempre as orientações do seu médico. Também nunca interrompa o uso de um medicamento sem consultar o médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.