Trabalhos noturnos e a saúde!
As pessoas que trabalham à noite, como policiais, motoristas, Médicos, Enfermeiros, Pilotos, garçons, entre outros, sofrem, devido ao seu desempenho de trabalho, danos físicos e emocionais, como transtornos do sono, estresse crônico, dano cardiovascular, irritabilidade, enxaqueca, ansiedade, depressão e problemas familiares, garante pesquisador da Faculdade de Psicologia (FP) da UNAM.
A primeira alteração do trabalho noturno é que rompe com os tempos naturais do ciclo biológico, afeta os ritmos cardíacos que regem atividades como o sono e a vigília, dos sistemas cardíaco, digestivo e circulatório, assim como o ciclo menstrual das mulheres, explicou o doutor em psicologia do trabalho.
Apesar dos múltiplos danos que causa, o trabalho noturno não conta com uma regulamentação em muitos Países, onde são frequentes os turnos de 12 por 24 horas entre guardas de segurança e os motoristas de caminhões de carga, e de até 24 por 48 horas, entre as Enfermeiras e Médicos residentes.
Além disso, muitas vezes esses turnos são variáveis, e há aqueles que trabalham com algumas semanas de dia e outras de noite, o que impede um processo mínimo de adaptação a um período fixo de descanso e sono.
Especialista detalhou que para ficar acordado e o trabalho, alguns trabalhadores noturnos recorrem a antidepressivos, analgésicos e estimulantes que vão desde o café, os refrigerantes e cigarros, até o uso de drogas e álcool, além disso, as pessoas com este tipo de empregos sofrem frequentemente distúrbios alimentares porque tomam café muito carregado ou fast-food muito com elevadas doses de pimenta com a finalidade de manter-se acordado.
Estar desperto e ativo em horas biologicamente associadas ao sono afeta emocionalmente os trabalhadores noturnos, que gradualmente se desenvolvem ansiedade, depressão e frustração, e até mesmo podem apresentar episódios de muita irritabilidade ou violência.
Estes efeitos recaem com freqüência nas famílias, com aqueles que deixam de conviver porque dormem poucas horas, quando o resto da família está em plena atividade, o que acrescenta um outro fator de inadaptabilidade seu grupo social.
Especialista ainda explicou que em outros países, especialmente entre os membros da Comunidade Econômica Europeia, existe uma tendência crescente para a regular este trabalho: a redução das jornadas de trabalho de seis horas diárias, aumentam os períodos de férias e limitam este tipo de empregos a pessoas jovens, que são mais resistentes.
Essas regulamentações se descarta a contratação de adultos maiores de 50 anos ou mais) e é dispensado aos empregados que já tiveram várias destas jornadas. Em alguns países da América Latina, como Equador, Colômbia, Chile, Brasil e Argentina já existem esforços para regulamentar o trabalho noturno, no entanto, enfatizou que no México ninguém fala do assunto.