Tratamentos necessários para a Diabetes que não aumentem o risco de doença cardiovascular
A Diabetes é um fator de risco para o desenvolvimento de cegueira, danos ao rim, amputações, enfartes agudos do miocárdio e eventos vasculares cerebrais. Estima-Se que entre 7 e 8 de cada 10 pessoas com Diabetes morrem por eventos cardiovasculares (ECV).
Pelo exposto, é de suma importância a escolha de tratamentos farmacológicos, que ofereçam segurança a curto e longo prazo, já que em algumas ocasiões não ocorrem no futuro, as complicações cardiovasculares previamente classificadas, que se apresentam em diferentes abordagens terapêuticas dos agentes, explicou o Doutor Miguel Ángel Arreola, Gerente Médico da MSD.
A Diabetes tipo 2 é, em muitos casos, parte de uma síndrome metabólica que inclui pressão arterial elevada, obesidade e níveis elevados de gordura no sangue, o que aumenta o risco de sofrer de doenças do coração.
Opções que não danificam o coração
Atualmente conta com múltiplas opções terapêuticas para o controle do Diabetes, no entanto, existe uma classe de medicamentos conhecidos como inibidores da DPP4 (Dipeptidil – dipeptidasa 4), uma enzima natural que ajuda a degradação de hormônios sincretísticas como o GLP-1, encarregadas de regular a concentração de açúcar no sangue, disse o Doutor Arreola.
Em uma análise recente, onde se incluíram 19 estudos com um total de 10 mil 246 pacientes, dos quais mais de 5 mil e 400 tomaram sitagliptina, o primeiro inibidor da DPP4, e 4 mil 817 placebo ou outro antidiabético oral, foi atualizado o perfil de tolerabilidade e segurança de sitagliptina, focando principalmente em eventos adversos de hipoglicemia, cardiovasculares, gastrointestinais, câncer, fraturas ósseas, infecções e angioedema.
Essa análise sugere que a sitagliptina não aumenta o risco cardiovascular em pacientes com Diabetes tipo 2. Estes resultados são relevantes, já que 82 % dos pacientes analisados tinham fatores de risco cardiovascular.
Por outro lado, foi relatado que os casos de hipoglicemia neste grupo foram menores, em comparação com aqueles que receberam placebo ou outro antidiabético. É por isso que o Doutor. Arreola afirmando que “é importante que o Médico Endocrinólogo, com base em evidência científica, explique aos pacientes a segurança e eficácia do tratamento escolhido, já que, além do controle de açúcar no sangue, é necessário que se procure a prevenção do dano cardiovascular ou o desenvolvimento de alguma das doenças associadas ao Diabetes”.