Omeprazol para que serve?
O fármaco omeprazol é conhecido por tratar problemas digestivos
O omeprazol é um medicamento indicado para tratar problemas digestivos relacionados à acidez gástrica. No entanto, é comumente utilizado de forma errada; seja pela extensão do seu uso ou por acompanhar a ingestão de outros remédios a fim de evitar irritações no estômago.
A manutenção do pH do estômago é mantida por conta da sua capacidade de secretar ácido clorídrico por meio das células parietais. Essas células secretam o ácido por uma estrutura chamada bomba de prótons, que é exatamente onde o omeprazol age ocasionando a inativação dessa bomba.
O omeprazol pode reduzir a produção de ácido em até 95%, no entanto sua ação não é imediata, podendo levar 4 dias para fazer efeito. Por isso, trata em longo prazo as doenças do estômago, duodeno ou esôfago, como gastrite e úlcera péptica. Portanto, para tratar dores de estômago, queimação ou azia pontuais recomendam-se outros remédios com efeito imediato, como analgésicos comuns, antiácidos e a ranitidina.
Normalmente o omeprazol também é indicado como uma proteção gástrica para outros medicamentos. Se um paciente está ingerindo 5 remédios, por exemplo, é comum o omeprazol ser indicado para consumo antes dos outros para evitar a irritação gástrica, mas este não terá efeito caso outro medicamento do coquetel não contenha componentes que provoquem uma gastrite. Assim, o omeprazol não deve ser utilizado como um antídoto para as queixas das pessoas polimedicadas.
Se utilizado de forma errada o omeprazol pode, inclusive, cortar a ação dos seguintes medicamentos: clopidogrel, anti-fúngicos (ex: fluconazol, cetoconazol e itraconazol), micofenolato mofetil, mesalazina, indinavir, atazanavir, nelfinavir, bifosfonatos, fenitoína e rifamicina. Ou, então, potencializar a ação desses: metotrexato, anfetaminas, benzodiazepinas (ex: diazepam), carvedilol, citalopram, escitalopram, ciclosporina, tacrolimos, dabigratan e varfarina.
Além desses casos, o omeprazol não deve ser consumido para tratamento de problemas gastrointestinais relacionados à vesícula, pois não há variação na produção dos ácidos estomacais.
Como tomar o omeprazol
O omeprazol deve ser ingerido em jejum, quando as células parietais estão com um número maior de bombas de prótons prontas para serem inibidas. Caso, o paciente não consiga engolir as cápsulas, o medicamento pode ser aberto e ter seu conteúdo misturado com água; o consumo deve ser imediato e não pode ultrapassar 8 semanas.
Efeitos colaterais do omeprazol
O omeprazol é indicado, erroneamente, para diversas condições de saúde por não ter contraindicações, a não ser aos alérgicos a algum componente de sua fórmula e diabéticos, pois contém glúten.
Dos efeitos colaterais registrados após o uso do omeprazol, estão: dores de cabeça e abdominal, diarreia, enjoo, flatulência, vômito, tontura, prisão de ventre, dor lombar e tosse.
Omeprazol – causa demência?
Os especialistas têm opiniões divergentes sobre o omeprazol causar demência. O que acontece é seu uso contínuo por mais de dois anos ser responsável pela insuficiência de vitamina B12, a qual conserva os neurônios. E assim como todo medicamento, o omeprazol possui efeitos colaterais, por isso seu uso deve ser feito conforme a indicação médica e da bula.
Omeprazol – quem amamenta pode tomar?
O omeprazol não é indicado para as mães que estão amamentando, porque há chances dos componentes do remédio passarem para o leite que será ingerido pelo bebê. Dessa forma, seu uso deve ser feito se for realmente necessário e se houver recomendação médica, para evitar interferência na produção do leite ou afetar o desenvolvimento da criança.
Omeprazol – quem ingere bebidas alcoólicas pode consumir?
O omeprazol ajuda a proteger a parede do estômago e controla a acidez do órgão, mas seu uso combinado à ingestão de bebidas alcoólicas pode causar alteração na metabolização e excreção de alguns fármacos. Antes de misturar os dois, a consulta médica é indicada. Se a intenção é reduzir os efeitos da bebida, é aconselhada a ingestão de remédios com efeito mais imediato.
Em todos os casos, a automedicação pode ser prejudicial para a saúde.